O dia em que fomos de Bariloche a Pucon de carro foi um dos que tiveram mais fails na nossa viagem, mas no final acabou dando tudo certo e até hoje rimos das histórias…

Reservamos o nosso carro (um Fiat Siena 1.4) na agência Lago’s Rent a Car na noite anterior ao dia em que iríamos para Pucon. Perguntamos sobre as correntes que talvez precisaríamos usar, alugamos também um GPS e tiramos todas as dúvidas sobre o trajeto e se teríamos problemas para atravessar a fronteira.

No dia seguinte fizemos o check-out no hostel às 10 horas da manhã, fomos pegar o carro e logo já estávamos na estrada.





 

Saímos da cidade e logo na primeira dúvida sobre o caminho nós reparamos… não pegamos o GPS. Como já havia visto o caminho na internet e pego vários mapas enquanto estávamos em Bariloche, resolvemos ir na raça mesmo. #oldschool

No primeiro posto policial que encontramos resolvemos parar e ver se estávamos seguindo o caminho corretamente. Na verdade estávamos em um caminho totalmente diferente do imaginado mas o policial que conversou com a gente disse que era um caminho muito melhor e nos indicou o restante.





Chegamos na aduana argentina e a primeira pergunta foi se tínhamos correntes no carro, eu todo confiante respondi que sim. Aí veio a 2ª pergunta “Sabem usar?” ehh hmmm como assim ahh veja bem, não senhor. Então ele riu e me disse para procurar um cara lá que me ensinaria, mas nem procurei e caso precisasse usar as correntes teria que fazer um curso prático na hora.



Era hora de atravessar a Cordilheira dos Andes, trecho com um pouco de neve na pista sem ultrapassar a velocidade de 50 km/h.

O mais legal era a Bruna perguntando se estava tudo bem, se estava seguro e eu respondendo “claro meu amor, tá tranquilo” mas na verdade o carro estava deslizando um pouco. ?









Na aduana do lado chileno, um dos cachorros que farejam as mochilas invocou com o meu mochilão e tive que tirar tudo para o policial verificar. Acho que foram minhas cuecas e meias sujas que chamaram a atenção do cachorro. ?



Bom, depois disso começaram as autopistas chilenas e junto com elas os pedágios. Fizemos uma parada em um posto para ir ao banheiro e comer algo até que por volta das 5 horas da tarde (lembrando que o fuso tem 1 hora a menos) chegamos em Pucon.





Enquanto estávamos lá no hostel de Bariloche, encontramos um flyer do hostel que ficaríamos em Pucon. Como esse flyer tinha o mapinha de como chegar no hostel, peguei e chegando em Pucon seguimos esse mapinha.

Resultado disso: não existia hostel. Deveria ser no 2º andar de uma espécie de galeria onde tinha uma video locadora, mas nada, o lugar estava abandonado e na locadora ninguém sabia informar.

Tensão! Depois de viajar o dia inteiro teríamos que encontrar algum lugar para passar a noite, pois já era final de tarde e não dava para voltar.

Foi quando a Bruna teve uma ótima ideia “vamos olhar o telefone do hostel no nosso comprovante da reserva”!



Olhamos na reserva e nem precisamos do telefone, pois o endereço da reserva era diferente do endereço do flyer, partimos para o outro endereço e aí sim encontramos o hostel. Ufa!

Apertamos a campainha e o Gustavo, dono do hostel, nos atendeu. A primeira vista ele assusta um pouco com a barba e cabelos grandes e dois cachorros que mais pareciam ursos junto dele.





Meio apreensivo entramos na casa e não tinha mais ninguém, tudo meio escuro, a lareira acesa… perguntei para o Gustavo se tinha mais gente por lá e ele disse que sim, mas ainda não tinham voltado dos passeios.

Conversamos um pouco e logo já estávamos integrados ao ambiente, os outros hóspedes chegaram e ninguém tirou nossos órgãos.

Acabamos ficando até tarde assistindo filme e conversando com o pessoal por lá. Depois de um dia com várias situações que podiam dar erradas, mas sobrevivemos.



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