Não tem jeito de falar do livro Na Natureza Selvagem sem falar do filme de mesmo nome, até mesmo porque conheci primeiro o filme e só depois fui saber que era baseado no livro que, por sua vez conta uma história real.



Jon Krakauer, mesmo autor de No ar rarefeito, foi o responsável por escrever um artigo para a revista Outside, publicado em Janeiro de 1993, sobre um jovem americano chamado Christopher Johnson McCandless, ou simplesmente Chris McCandless que em 1990 abandonou tudo(família, carro, dinheiro) e começou uma jornada de dois anos até o Alasca. Criou um novo nome, talvez seu alter-ego, Alexander Supertramp e viveu durante esses dois anos como um indigente, não tinha residência fixa, trabalhou em vários lugares apenas para ter dinheiro suficiente para prosseguir sua jornada e conheceu os mais variados tipos de pessoas. Quando chegou ao seu destino, adentrou, soziinho e sem recursos Na Natureza Selvagem.





 

Segundo o autor a pesquisa feita por ele para criar o artigo, foi pouco! Ele queria mais e assim fez, passou mais de um ano refazendo os passos de McCandless, conversando com as pessoas que tiveram contato com aquele jovem durante sua jornada e também com os familiares de Chris.

Isso, na minha opinião, é o grande diferencial do livro, o autor buscou os mínimos detalhes desta jornada e você poderá observar no livro trechos de textos reais, escritos pelo próprio Chris, depoimentos dos familiares e de pessoas que estiveram com ele durante esse período e ainda trechos de livros de Tolstoi e Thoreau (seus preferidos) destacadas pelo próprio Chris.



Chris McCandless era de uma família rica, bem afeiçoado e muito inteligente, mas após terminar a faculdade resolveu abandonar essa vida, virou Alexander Supertramp, deixou tudo e todos para trás e foi atrás de respostas.

Sua família ficou sem notícias durante 2 anos, período em que Chris, ou melhor Alex, não estabeleceu residencia em canto algum e viveu perambulando à margem da sociedade.

Sua meta era o Alasca onde chegou após os 2 anos e lá ficou durante 6 semanas, onde pode viver em contato com a natureza mais pura e com seu verdadeiro eu. Acredito também que deve ter encontrado as respostas que tanto buscava ou então apenas adquirido mais dúvidas em relação à vida ou a forma que temos hoje de levar a vida.







Se você já assistiu o filme mas não leu o livro, não espere encontrar uma narrativa da história com mais detalhes como é comum em caso de adaptações de livro para cinema, Na Natureza Selvagem não é um livro escrito no formato de uma narrativa, está mais para uma espécie de documentário.

Mas isso não quer dizer que o livro seja chato de ler, muito pelo contrário, o autor consegue mesclar informações, com narrativas, aspectos/experiências de outros aventureiros e situações vividas por ele próprio.



Recomendo muito a leitura, pois a história de Chris nos faz pensar se estamos realmente dando valor as coisas importantes da vida.

Após a leitura, recomendo igualmente o filme, como nesse Top 10, que faz com que nos identifiquemos ainda mais com Alex Supertramp e conta com uma trilha sonora igualmente incrível, digna do ótimo livro.



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